sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Cidade de Goiás ou Goiás Velho?

Dando continuidade a nossa viagem de férias pelo planalto central, partimos cedo de Pirenópolis (tem post aqui) e passamos 1 dia na cidade de Goiás ou também conhecida como Goiás Velho. Patrimônio da Humanidade a antiga capital do estado, a cidade possui um ar bucólico e calmo com suas ruas silenciosas e casario colonial bem conservado que nos convidam a fazer longas caminhadas. O calçamento de pedra e a arquitetura são testemunhas de outros tempos...

Casas Coloniais (Foto:arquivo pessoal - Janeiro/2017)

Igreja Nossa Senhora da Boa Morte (foto: arquivo pessoal - JAN/2017)
Não posso negar o quanto gosto de museus e monumentos históricos!!! E começamos nossa visita (que é obrigatoriamente guiada) a Igreja Nossa Senhora da Boa Morte, que hoje não celebra mais missa, mas tem um acervo de objetos sacros, obras do escultor Veiga Valle e o local em si é, apesar de pequeno, lindíssimo.
Dali, partimos para o Museu Bandeira - Casa de Câmera e Cadeia, onde nos tempos coloniais funcionava a prisão da cidade no andar de baixo. O acervo é pequeno, mas mostra um pouco a história local e como as pessoas viviam. Vale a visita!
Para mim, o ponto essencial da cidade foi a visita a Casa da Cora Coralina, a poetisa da terra!

Casa Cora Coralina (foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)
Localizada ao lado do Rio Vermelho, o museu conta a história da poetisa.  Uma mulher de fibra e muito a frente de seu tempo. Fazer a visita guiada (demos sorte de contar com um guia muito bom, atencioso e sem discurso decorado) passar por todos os aposentos da casa, pela cozinha onde ela fazia doces para vender, móveis e objetos originais, seus pertences pessoais, foi realmente emocionante.
Infelizmente, em 2002 houve uma enchente no rio que corta a cidade. Foi exigido um esforço homérico na recuperação de documentos e objetos históricos (inclusive em parte do acervo da Casa da Cora Coralina), e na própria estrutura da cidade.
Fechamos nosso roteiro visitando o Mercado Municipal totalmente restaurado e recentemente reinaugurado.
Se você, caro leitor, estiver na região não deixe de passar pela cidade de Goiás! Garanto que você não irá se arrepender!.

Nos vemos no próximo post!

segunda-feira, 16 de janeiro de 2017

Chapa dos Veadeiros - parte 2

Dia 3: Catarata dos Couros
Por coincidência, um amigo de infância também estava pela Chapada e resolvemos fazer a Catarata dos Couros juntos. E lá só se vai com guia, na qual ele já conhecia (caso você tenha interesse, consulte com sua pousada se eles conhecem algum guia!) Partimos de Alto Paraíso em direção a Brasília, 40 km de rodovia e depois mais um tanto de estrada de terra.

São em torno de 6km (ida e volta) de trilha que não é difícil, mas é um tal de sobe e desce e bem pouco sinalizada.

No trecho em que conhecemos são 3 quedas grandes. A primeira é logo no começo da trilha e foi nessa, que na volta, paramos para tomar um banho.


Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)

Caminhamos mais um pouco e paramos próximo a segunda queda. Que para mim foi a mais bonita e impressionante. Teria como descer mais um pouco do ponto onde paramos para tomar um banho, mas achei que a água estava muito forte!!!


Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Repare na foto abaixo, na esquerda do paredão em frente a cachoeira, tem um buraco. Ele foi "esculpido" pela água que desce da cachoeira. Na época de chuva o volume é muito maior e com a água batendo no paredão,  forma um redemoinho escavando esse buraco!!!
Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)

Descendo mais um pouco pela trilha, paramos na terceira queda. De lá dá para ver o vale do Rio dos Couros.


Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)


Chapada dos Veadeiros - Catarata dos Couros (foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Na volta, além de pararmos um pouco para tomar banho na primeira queda, paramos para almoçar numa das fazendas que servem comida típica da região, feita em fogão a lenha. O almoço foi previamente reservado pela nossa guia. O valor por pessoa foi R$ 30,00 a vontade com bebida!. Não preciso nem dizer que comi MUITO!!!!

Dia 4: Cachoeira das Capivaras e Santa Barbara

Nosso último dia na Chapada, fechou com a cereja do bolo!!! Partimos bem cedo de Alto Paraíso em direção a Cavalcante. Essas duas cachoeiras ficam dentro do território Kalunga Engenho II e não se vai até lá sem os guias locais. Você tem 2 opções para contratar um guia: a partir do CAT (centro de atendimento ao turista) de Cavalcante (que foi nosso caso) ou no CAT dentro da  comunidade, bem antes das trilhas das Cachoeiras já dentro do território Kalunga. Paga-se para entrar no parque separado do guia.
Nosso guia, o Zé, foi muito gente boa e esperto. Mesmo chegando cedo, ele foi informado que a cachoeira de Santa Barbara já estava meio lotada. Partimos então, para cachoeira das Capivaras. Segue-se de carro por uma estrada de terra e depois de um certo ponto a pé.

Cachoeira das Capivaras - início da trilha (Foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Cachoeira das Capivaras - sem as capivaras!!! (Foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Para fechar com a cereja do bolo nossa estadia na Chapada dos Veadeiros, fomos conhecer a famosa e mais bonita cachoeira: Santa Barbara!
Faz jus a fama. Água límpida e azul devido a incidência de sol que começa por volta da hora do almoço.


Cachoeira de Santa Bárbara - Cavalcante (foto: arquivo pessoal - dez/2016)

Cachoeira de Santa Bárbara - Cavalcante (foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Nos vemos no próximo post!!!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2017

Chapada dos Veadeiros - Parte 1

2016 foi o ano das Chapadas!!! Em maio, fomos a Capada Diamantina (post aqui, aqui e aqui) e nas férias de final de ano, decidimos conhecer a Chapada dos Veadeiros. 
Localizada no estado de Goiás, a 250 km ao norte de Brasília, localiza-se o Parque Nacional da  Chapada dos Veadeiros, Patrimônio Mundial Natural da Humanidade.
Ficamos por lá 4 dias e claro, não é o suficiente para se conhecer todos os atrativos que o lugar oferece!!!
São muitas trilhas, cachoeiras, estradas poeirentas e sol escaldante!!!! Para mim, que não estou acostumada com tanto calor e céu azul, sofri um pouco no primeiro dia por lá!!!
As três principais cidade para se hospedar na região são: São Jorge, Alto Paraíso e Cavalcante. Optamos por Alto Paraíso por conter a melhor infraestrutura. E demos sorte, pois um amigo que estava em São Jorge no mesmo período, ficou sem luz 4 dias devido as pancadas de chuva de verão.

Chapada dos Veadeiros (Foto: arquivo pessoal - Dez/2016)
Dia 1: Fazenda São Bento e Cachoeira dos Cristais

optamos por começar numa trilha fácil com 3 cachoeiras na Fazenda São Bento: Almécegas I e II e São Bento. Por ser uma propriedade particular, tem que pagar e o valor varia: Se for conhecer somente a São Bento (logo na entrada da fazenda) é um preço mais barato. Se quiser conhecer também as outras 2 é mais caro.  Para chegar na fazenda a estrada é toda asfaltada e próxima a Alto Paraíso, caminho para São Jorge. Dentro da fazenda, para chegar nas cachoeiras a estrada é de terra e com placas de indicação e as trilhas são super fáceis.

Chapada dos Veadeiros - Almécegas II (foto: arquivo pessoal - dez/2016)

Depois dos primeiros banhos de cachoeira, partimos para a Cachoeira dos Cristais. São 7 quedas pela trilha. A localização dessa cachoeira também fica dentro de uma fazenda, com infraestrutura para almoço e mirante. Aconselha-se a descer até a última queda e ir subindo. A trilha não é longa, mas devido ao sol intenso e uma dor de cabeça que estava me incomodando muito (esse povo de Curitiba é muito fraco.... 😆😆😆😆😆😆😆😆), resolvi curtir um banho e sombra na primeira queda. Meus amigos foram até a última.

Chapada dos Veadeiros - Cachoeira dos Cristais (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Chapada dos Veadeiros - Cachoeira dos Cristais - Vista do Mirante (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Dia 2: Canion 1, Cachoeira das Cariocas e Vale da Lua

Já mais ambientados com o calor e cansaço, no segundo dia fizemos uma das trilhas dentro do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. Chegando lá, os voluntários lhe dão orientações sobre o lugar e as trilhas existentes.

Chapada dos Veadeiros (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Optamos por fazer a trilha dos Canions I e II (o 2 estava fechado a visitação devido ao volume de água) e Cachoeira das Cariocas. Não era a trilha mais curta, mas era a mais fácil. Foram 10 km ida e volta. 

Chapada dos Veadeiros - Trilha para Canions I e II e Cachoeira das Cariocas (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Chapada dos Veadeiros - Canion I (foto:arquivo pessoal - dez/2016)

Chapada dos Veadeiros - Canion I (foto:arquivo pessoal - dez/2016)
Dali, fomos para a Cachoeira das Cariocas. Na pousada perguntei a dona o porquê desse nome. Devido a morte há muitos anos de 3 cariocas no local. Ou seja, tome muito cuidado. Na época de chuva, o volume d'água aumenta consideravelmente. Tanto que quando chegamos lá, tinham 2 bombeiros que passam o dia no local.





Como chegamos cedo no parque, saímos de lá por volta das 14h e deu tempo de ir até o Vale da Lua, que com chuva eles não deixam entrar. Demos sorte, pois assim que saímos, despencou água!!!

Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua (foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Chapada dos Veadeiros - Vale da Lua (foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Como a chuva estava começando a ficar forte, terminamos nosso dia por aqui.
Mas ainda tenho mais coisas para falar da Chapada.

Nos vemos no próximo post!

quarta-feira, 11 de janeiro de 2017

Pirenópolis

Que lugar charmoso!!! Cidade colonial, patrimônio histórico localizada no interior de Goiás, Pirenópolis tem muitos atrativos!!! Sejam eles na cidade ou ao seu redor. 

Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário (Foto: Arquivo pessoal - Dez/16)
A história de Pirenópolis vem desde dos tempos dos bandeirantes, exploração do ouro e pedras preciosas na região. Hoje, o turismo é a atividade econômica que impulsiona a cidade.
Estivemos aqui para passar a virada do ano de 2016 depois de  termos passado 4 dias na Capada dos Veadeiros (post aqui e aqui). Como a cidade é próxima a Brasília e Goiânia, há uma invasão de turistas nessa época do ano!
Além dos atrativos como igrejas e museus, aos arredores da cidade ainda há opções de trilhas e cachoeiras.
A atração mais conhecida é a Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário, totalmente restaurada depois de um incêndio criminoso em 2002.
Igreja Matriz Nossa Senhora do Rosário (Foto: Arquivo pessoal - Dez/16)

Casa colonial (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Casa colonial (Foto: arquivo pessoal - dez/2016)
Vale a pena também passar pela Igreja do Carmo onde também tem um mini museu Sacro.

Igreja do Carmo - Museu Sacro (Foto: arquivo pessoal - JAN/2017)

Sede do IPHAN (foto: Arquivo pessoal - Dez/2016)
Após a Páscoa (se eu não me engano, uns 50 dias após) em Pirenópolis tem a tradição das festas do Divino e Cavalhadas e para esses dois também existe museus!
O museu do Divino, onde conta a origem da festa e tem algumas peças de exposição feitas pela população local.

Divino (Foto: Arquivo Pessoal - JAN/2017)
Já o museu das Cavalhadas, foi ideia de uma moradora da cidade no qual os 2 filhos participavam como cavalheiros (um do lado dos Mouros e o outro do lado dos Cristãos). Para quem não sabe, as Cavalhadas (de origem portuguesa) foi um meio dos padres Jesuítas catequizarem a população.
Hoje, quem cuida do museu é a filha da criadora no qual passou mais de 40 min nos explicando a origem, história, fotos e roupas da festividade que é considerada a mais expressiva do Brasil.
No primeiro dia do ano, resolvemos pegar a estrada e há uns 30 km do centro da cidade, chegamos na Fazendo Babilônia. A sede da Fazenda também foi tombada pelo IPHAN. Ainda é produtiva e a tataraneta do fundador mora na casa!
Você tem 2 opções para a visita-la: pagar somente entrada com direito a visita guiada ou pagar um valor a mais e saborear também a café colonial servido com comidas típicas da época. Optamos somente por fazer a visita guiada, que foi maravilhosa! E depois passamos a manhã toda deitados em redes e conversando!!!

Fazenda Babilônia (Foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)

Fazenda Babilônia. Minha amiga arara! (Foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)
Claro que não poderíamos deixar de fazer um passeio em cachoeiras. Para começar (e terminar, porque torci o pé feio e não conseguiria mais fazer trilhas ...😒😒😒😒) escolhemos fazer a cachoeira do Abade, localizada dentro de uma fazenda particular. Ressalto que as estradas para todas as fazendas e cachoeiras, incluindo as da Chapada dos Veadeiros, são de terra.
A trilha lá dentro é fácil e dá para ir com crianças. Na fazenda também tem um restaurante no qual serve-se almoço (pago a parte). 
A trilha, com exceção de alguns trechos é toda calçada e com mirantes para admirar e tirar fotos da natureza.
Passamos por 3 cachoeiras: Sossego, Landi e Abade (que dá o nome ao lugar). De todos os lugares em que frequentamos, as daqui a água era a mais gelada!!!

Cachoeira do Sossego - Fazenda do Abade (Foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)


Cachoeira do Landí -Fazenda do Abade (Foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)

Cachoeira do  Abade - Fazenda do Abade (Foto: Arquivo pessoal - JAN/2017)
Ficamos 4 dias na cidade, no qual acredito que para conhecer os atrativos urbanos (centro histórico) é mais do que o suficiente. E devido ao meu "acidente", só conseguimos fazer 1 dia de cachoeira. O que já está valendo!!!!
Além de muitas lojinhas de souvenirs, a cidade é bem abastecida de pousadas e restaurantes.

Nos vemos no próximo post!!!